A praga dos gafanhotos, foto de Guilherme Henrique |
Tenho observado calado o burburio
nas redes sociais sobre esse mal global que está nos afligindo, contudo, não
posso mais me calar diante dos absurdos que têm vindo à tona nesse mar de
desinformação que é a nossa imprensa. Já vos falei de um livro escrito por um
amigo, infelizmente não editado, cujo título é A Cor da Imprensa. Onde ele cita
a capacidade camaleonesca de mudança de
cor que possui a maioria dos nossos jornalistas de plantão. O que faz desse
fato interessante é que todas as agências governamentais, assim como muitos
líderes religiosos não têm feito outra coisa senão tocar na mesma tecla o
famoso Samba de uma nota só. Não bastasse a disseminação dessa cultura inculta,
ainda buscam no texto sagrado respaldo para as suas baboseiras.
Gostaria que me respondessem onde
foi que encontraram alguma mínima relação entre as dez pragas do Êxodo e a
disseminação do Corona vírus na atual humanidade? Penso que para tanto, alguns
dados relevantes da mais extraordinária história jamais contada, teriam que ser
replicados ou pelo menos mostrado semelhanças pertinentes.
Em primeiro lugar nessa história
não houve lugar para achismos e pseudociências. Os magos do Egito conheciam os
limites da sua sabedoria e constataram que estavam lidando com algo muito além
da sua compreensão e de tudo que já haviam imaginado. Então, disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Êxodo
8.19. Os cientistas do Egito, não somente reconheceram a potência da ciência
divina, como também sofreram as consequências da sua irresponsabilidade: De maneira que os magos não podiam
permanecer diante de Moisés, por causa dos tumores; porque havia tumores nos
magos e em todos os egípcios. Êxodo 9.11. Aqui o vírus já foi definido.
Em segundo lugar, as pragas enviadas
por Deus não afligiram tão somente os egípcios, mas todos aqueles que se
anunciavam como superiores ao povo de Deus escravo. Quando a Bíblia nos conta
que algumas pragas não chegaram à região onde moravam os hebreus, quer nos
dizer que os que tiveram esse livramento foram as pessoas da periferia, os
excluídos da elite social egípcia. Todos os que moravam distante da região privilegiada
das margens do rio Nilo. Isso em nada se assemelha a qualquer pandemia dos
nossos tempos. Aqui todos pagamos o preço. Ricos e pobres, chineses e
americanos, brancos e negros, petistas e bolsonaristas, ateus e cristãos. Notem
que não existe uma seleção de fatores e de pessoas para denunciar uma
injustiça, posto que hoje essa injustiça campeia por todos os lugares, classes sociais
e ideologias políticas.
Há outras dessemelhanças a serem
descritas, mas eu vou terminar com essa. O que livro do Êxodo relata não é uma
luta política-econômica entre EUA e China, muito menos entre os presidentes dos
três poderes. Não é um cabo de guerra entre Moisés e Faraó. O Êxodo detalha a
acachapante derrota que os deuses, a religião, a tecnologia e os exércitos do
Egito padeceram diante do poder incomensurável do Deus de Israel. Isso que eu
digo está lá em Êxodo 12.12: Porque,
naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos
os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos
os deuses do Egito. Eu sou Iahweh.
A conclusão que se chega diante
das notícias que nos chegam é que só existe ciência e fé de um lado, e esse
lado é o lado da Teoria da Evolução, do aquecimento global, do aumento do nível
dos mares, da histeria da pandemia, assim como esse microscópico vírus, que se
tornou para a igreja o anúncio inequívoco do fim dos tempos. Contemplamos de um
lado a falação inconsequente de especialistas a respeito de forças naturais que
o conhecimento atual sequer arranhou a superfície e de outro a prepotência
religiosa de quem pensa viver o pior de todos os tempos e que sua geração possui
os atributos necessários para ser a última geração sobre o planeta Terra. Será
que está próximo o dia em que iremos entender que o nosso problema é global e
que é muito maior que as nossas desavenças no Facebook?
Agindo eu, que o impedirá? Quando Deus age não deixa dúvidas. Não
temos como enxergar semelhanças entre as duas situações. Na verdade temos sim.
Tanto lá quanto cá, existiram e pelo jeito sempre existirão: os cabeças dura
dos faraós em comando; um povo rebelde que prefere as panelas de carne na
opressão do que o pão minguado na liberdade; alguns cientistas querendo ser deuses; Deus cujo amor arde, mas não
consome.
PS. àqueles (las) que notaram a minha ausência informo que estou empenhado em outro projeto que será exibido em breve. Obrigado.
PS. àqueles (las) que notaram a minha ausência informo que estou empenhado em outro projeto que será exibido em breve. Obrigado.
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