A armadura de Deus III

Dardos inflamados por Bill Osborne
Mas existe uma outra guerra que também lutamos todos os dias e essa guerra não é contra sangue e carne. No versículo 12 do nosso texto Paulo diz que nós não estamos lutando contra seres humanos. Então contra quem lutamos? O que é pior do que a luta pela sobrevivência? O que pode ser mais graves do que os perigos desse mundo? As forças espirituais do mal, os governos, as autoridades do universo nessa época de escuridão, diz-nos Paulo. Mais para frente ele vai falar das armadilhas do Diabo.
As flechas incendiadas do Diabo. Que linguagem mais complicada é essa? É tão absurda e anacrônica essa frase que nem mesmo nas igrejas a escutamos mais. Mas não nos esqueçamos de que Paulo fala disso mesmo: de uma época de escuridão. Esse é o ambiente dessa guerra: a escuridão que vive a humanidade e a escuridão dentro de cada um de nós. A escuridão que não compreendemos bem, mas que nos sentimos culpados por ela existir dentro de nós. A psicologia tem os seus termos próprios para essa culpa: o trauma, a psicose, a obsessão, a autodestruição.
Paulo em Romanos 7.19 vai tratar dessa escuridão numa linguagem bem acessível: Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. O mal do mundo, o mundo não quer fazer também. Somente um louco gostaria de destruir o mundo, mas a realidade é que isso é bem possível. Somente um louco gostou de ver milhares de mortos nas praias da Normandia. Somente um louco gostou de ver montes de mortos em Hiroshima. Ninguém quer ver, mas os montes de mortos estão por toda a parte. Por meio desse fato temos que chegar fatalmente a duas conclusões que assustam: o mal desse mundo é muitas vezes maior do que a soma dos males dos corações humanos; o mal dentro de cada um de nós e muitas vezes maior do que o mal que fazemos conscientemente. É grande a escuridão. (continua)

Leitura: Efésios 6.10-18 

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