Maria e os discípulos |
Algum texto isolado (At 13.17) ainda fala sobre a eleição de
Israel, mas em Rm 11.7 trata-se da eleição coletiva dos “eleitos” dentre o povo
judaico, i. é, a Igreja cristã. Essa é considerada como o resto de Israel (Rm
9.27; Rm 11.5; Is 10.21), que é salvo por uma livre determinação da vontade
divina (I Cr 1.27). Verdade é que Deus quer que todos os homens se salvem (I Tm
2.4), mas assim mesmo a comunidade dos cristãos forma, por excelência, uma
“raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido por Deus”
(I Pe 2.9; I Pe 1.1; II Tm 2.10; Tt 1.1; I Co 1.1; II Pe 1.10).
A eleição apresenta muitas vezes aspectos escatológicos;
fala-se em uma eleição definitiva (Mt 22.14; Mt 24.22-31; Mc 13.19-27; Lc 18.7;
Rm 8.33; Ap 17.14). Mas também na vida terrestre os cristãos devem “anunciar a
glória de Deus (I Pe 2.9), vivendo conforme a sua eleição” (Cl 3.12; II Pe 1.10).
Toda a vida cristã está sob a luz da eleição divina (I Ts 1.4; II Ts 2.13), que
se realiza “em Cristo” (Ef 1.4).
Objeto da eleição não é apenas a comunidade cristã como tal,
mas também determinados grupos ou indivíduos. Uma determinada “Igreja” é
chamada em II Jo 1.13 “senhora eleita", ou “irmã eleita” (cf. I Pe 5.13);
conforme Tg 2.5 Deus escolheu os pobres deste mundo. O próprio Jesus é chamado
alguma vez “o eleito” (Lc 9.35: na transfiguração; Lc 23.35: escárnios na
cruz); em geral, porém, o termo indica os apóstolos (Lc 6.13; Jo 6.70; Jo 13.JZ18;
15,16.19; At 1,2.24) que foram salvos “do meio do mundo” (Jo 15,19). É
mencionada particularmente a eleição de Pedro (At 15.7) e de Paulo (At 9.15). Afinal, o cristão pessoalmente
pode ser chamado um eleito (Rm 16.13); os anjos também são uns eleitos (I Tm
5.21).
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