Moisés defendendo as filhas de Jetro por Sebastiano Ricci |
SOU me enviou a vós outros.
- Exodo 3.14
Texto do reverendo Paulo Schütz.
Ser/estar é um verbo de ligação, ou copulativo. Ele liga o sujeito, o nome, o substantivo, à coisa, ao que a gramática chama de predicativo, que pode ser outro nome (o homem é medico), um lugar (o menino está na escola), uma qualidade (a moça é bonita), etc. É muito empregado nas definições e nas descrições, liga o que é descrito ou definido a aspectos supostamente conhecidos ou experimentados pelos destinatários das mesmas.
Ser/estar é um verbo de ligação, ou copulativo. Ele liga o sujeito, o nome, o substantivo, à coisa, ao que a gramática chama de predicativo, que pode ser outro nome (o homem é medico), um lugar (o menino está na escola), uma qualidade (a moça é bonita), etc. É muito empregado nas definições e nas descrições, liga o que é descrito ou definido a aspectos supostamente conhecidos ou experimentados pelos destinatários das mesmas.
Talvez Deus tenha imaginado
que, se respondesse a Moisés simplesmente revelando seu nome SOU, este certamente insistiria: SOU o
quê? Então, adiantou-se: SOU o que SOU.
Deus não se define, não pode ser descrito, a partir de aspectos conhecidos ou
experimentados pelos homens, fora dele. Só ele possui o que ele é. Só pode ser
conhecido pessoalmente, em contato direto.
Ser/estar aparece também entre os
que a gramática chama de verbos auxiliares, presentes nas locuções verbais,
juntamente com um verbo chamado principal, amar,
por exemplo, que apresenta-se apenas na forma dos verbinominais: particípio
(amado), gerúndio (amando) ou infinitivo (amar). Este indica o que acontece, o
auxiliar aponta para como acontece (o modo), quando acontece (o tempo) e quem
faz acontecer (a pessoa). Você se divertirá bastante conjugando ser/estar em
todos os modos, tempos e pessoas, acrescentando qualquer outro verbo nos
verbinominais, e perceberá que são as formas verbais mais empregadas em nossa
língua.
Você notará principalmente que
os verbos principais não dizem quase nada; o auxiliar é que determina quase
tudo e que poderia ser designado mais propriamente como determinante,
comandante. Aí reside a importância de pensar em Deus como o SOU/ESTOU, como
aquele que determina, comanda, como e quando ocorrem os acontecimentos, bem
como quem os protagoniza. (continua)
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