Agora, irmãos, a
respeito da vinda de Jesus Cristo, o nosso Senhor, e do nosso encontro com ele,
pedimos a vocês o seguinte: Não se perturbem facilmente, nem fiquem assustados
se alguém afirmar que o Dia do Senhor já chegou. Talvez alguém diga que nós
tenhamos afirmado isso enquanto profetizávamos ou anunciávamos o evangelho ou
que escrevemos isso em alguma carta. Não deixem que ninguém os engane com nada
disso. II Tessalonicenses 2.1-3
Título e autor não identificados |
Mesmo considerando a gravidade das circunstâncias, os
profetas de Israel não afrouxavam as suas denúncias de corrupção e injustiças praticadas
pelo povo. Pelo contrário, o homem de Deus fazia absoluta questão de assimilar todo
o infortúnio às iniquidades que estavam acontecendo. Não era simplesmente por
mero acaso aquele sofrimento, e sim fruto de uma sucessão de pecados praticados
contra a Lei e contra a Aliança feita com Deus.
Outra coisa importante que se pode observar na profecia
bíblica é o alerta constante que deixava o povo de sobreaviso contra as
insistentes orações que pediam que Deus abreviasse a sua intervenção o máximo
possível. Diziam os profetas: Am 5.18-20 - Ai
de vós que desejais o Dia do SENHOR! Para que desejais vós o Dia do SENHOR? É
dia de trevas e não de luz. Como se um homem fugisse de diante do leão, e se
encontrasse com ele o urso; ou como se, entrando em casa, encostando a mão à
parede, fosse mordido de uma cobra. Não será, pois, o Dia do SENHOR trevas e
não luz? Não será completa escuridão, sem nenhuma claridade?
O apóstolo Paulo também se viu às voltas com uma igreja que orava
dessa mesma forma. Guardadas as devidas proporções, principalmente pelo fato da
perseguição à igreja em Tessalônica acontecer por outros motivos, o alerta ainda
permanece: O Dia do Senhor, o Dia do Juízo Final, o Dia da Volta de Jesus, o
Maranatha, como queiram chamar, será um dia de justiça, e justiça se faz a quem
é justo e não a quem espera simplesmente por ela.
Eu já havia prometido não voltar a esse assunto, mas não me
contive quando li algumas insinuações a respeito do ônibus que bateu contra o
muro da Igreja Universal do Reino de Deus, no Brás, em São Paulo. Primeiramente
que a notícia de um ônibus invadindo o Templo de Salomão é de um anacronismo exageradamente
sem conta. Segundo que um veículo se chocar contra uma igreja não pode ser um
sinal de que o reino das trevas tenha manifestado o seu poder e indignação
contra aquela obra faraônica. Isso tem muito de propaganda política e absolutamente
nada de intervenção demoníaca, e muito menos ainda de sinal do fim dos tempos.
É bem mais provável que aquele ônibus manifestasse sim a indignação
minha e de muitos, contra a interpretação conveniente da Bíblia; contra o mau uso
das contribuições dos fiéis; contra megalomania dos dirigentes daquela igreja;
contra a absurda tendência judaizante, essa sim está invadindo as nossas igrejas
fazendo ser relevantes objetos e práticas de uma antiga religião que são
completamente estranhas à nossa fé.
Para mim Jesus já veio, e veio naquele ônibus, porque uma música cantada por um grupo de marmanjos gospel ou uma
mensagem pregada por um pastor que, por falta do que dizer, anuncia a volta de
Cristo fora do contexto da mensagem bíblica, não me assusta e nem me
perturba facilmente. Mas que Paulo me desculpe. Quando vejo alguém jogar um Templo
de Salomão contra as minhas convicções e encontrar pela frente um ônibus, sinto que é hora de pelo menos ficar de
prontidão, porque alguma coisa está acontecendo.
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