O caminho do céu

Zigurati de Ur, Wordpress
Em sua fuga, após ter enganado ao seu irmão Esaú, Jacó tem um sonho: uma escada que o levaria diretamente ao trono de Deus. A palavra que aqui foi traduzida por escada tem, no original, o significado de rampa ou ladeira. Até agora nenhuma novidade, porque os sumerianos, povo de quem seu avô Abraão descendia, construía torres chamadas de zigurates, com o mesmo objetivo. A diferença estava no fato de que, no sonho de Jacó, Deus, e não os homens, era o construtor. Jacó sonha com uma possibilidade inversa. Ou seja, em vez do homem ir ao encontro de Deus, Deus é que vem ao encontro do homem. Já não havia mais a necessidade de esforço humano e vidas não precisavam mais ser sacrificadas. Esta possibilidade sonhada por Jacó vai se concretizar plenamente em Jesus Cristo, que não poupou absolutamente nada de si mesmo para servir de escada, rampa, ladeira, caminho, qualquer coisa, para que tivéssemos acesso direto ao trono de Deus, sem outro intermediário, sem sacrifícios e sem malabarismos esdrúxulos. Costumamos ouvir as pessoas dizerem que todos os caminhos levam a Deus, mas isso não é verdade. Os caminhos construídos pelos homens, sejam eles os antigos zigurates ou os modernos templos, têm levado muitos a descaminhos, e transformado os seus esforços e sacrifícios em perdas e sacrifícios maiores ainda. Isaías 30.21 vai reforçar ainda mais esta concepção: Se vocês se desviarem do caminho, indo para a direita ou para a esquerda, ouvirão a voz dele atrás de vocês, dizendo: “O caminho certo é este; andem nele.”

Leitura: Gênesis 27-28.


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