Não pedir, mas fazer

O Êxodo, www.evangeliafuerte.mx
Então, disse o Senhor a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. Deus (Êxodo 14.15)

Texto do rev. Jonas Rezende.

Se fizermos uma leitura especial da caminhada do povo bíblico pelo deserto buscando uma relação com o que também acontece conosco, vamos perceber a oportunidade desta severa repreensão divina. Afinal, a ação libertadora era mostrada a cada passo: o jugo do Faraó estava sendo quebrado, e a posse da terra tomava-se cada vez mais concreta.

A todo tempo, porém, o povo murmurava, queixava-se, como se desejasse chegar a Canaã sem despender esforço algum; quem sabe, num confortável tapete mágico? Agora, às margens do Mar Vermelho, surgem novas lamúrias ditadas pelo medo e a insatisfação. Observe como então as palavras de Deus a Moisés têm um quê de ironia e enorme dose de reprovação: “Por que você clama a mim? Diga aos filhos de Israel que marchem.”

Se você ler todo o relato, vai perceber que há duas ideias básicas em jogo: a iniciativa divina e a responsabilidade humana. Deus age. Ele se compromete com o homem. É o Senhor da História.
Identifica-se conosco, através de Jesus Cristo. Mas é exatamente em nome dessa ação libertadora irrestrita que Deus alerta o seu povo: “Marche!”

Um passo de cada vez, o comprometimento de cada dia, a construção possível a cada etapa — e o nosso caminho vai sendo formado.

Os milagres, na bíblia, não são fáceis. A participação humana é continuamente requerida. E o grande milagre é nossa vivência do amor-em-ação por todos os homens. Milagre capaz de criar “um novo céu e uma nova terra”.

Meu pai, um velho militar, costumava cantar comigo ao colo:
Para a frente, o que importa a jornada,
temporal de inclemência, e sol?
Quem for fraco que fique na estrada,
que a vanguarda é o lugar dos heróis.

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